segunda-feira, 29 de abril de 2019

GREVE? É GRAVE!!!


De um lado o Ferrorama, Primo Pobre do transporte sobre trilhos, tem o pior sindicalismo do País, inclusive considerado faz-me-rir entre Metroviários da Cidade de São Paulo, exceto por um grupelho sem vergonha custeado em parte pelo Bode para ajudar a desbaratar a organização sindical dos trabalhadores do Trem de Metro que se propunha a trazer União à categoria Metroviária.
A diferença começa pelo fato de ter, entre metroviários, uma entidade única; enquanto no Ferrorama há feudos históricos e medievais cujo compromisso é a mera manutenção de status a vigaristas com ares de diretoria e vantagens pessoais que a categoria não vislumbra conhecer. E lá, diferente de cá, apesar das disputas políticas, a classe operária vai ao Paraíso. Ou à Consolação, mas vai unida.
O governo de Doritos que assinou gentilmente o ACT dos Ferrados, supõe-se que para diminuir crises diante da iminente entrega dos trilhos aos interesses privados, não entra em acordo com os Primos Ricos, organizados, cujos salários são maiores em função da maior organização e disposição de luta – que inexiste entre os Ferrados da ChuPeTreM. Lá não se ofereceu dividendo algum acima da inflação, aliás se recusam a propor um valor para o pagamento mínimo de PLR e, se não bastassem, esperam diminuir o papel da empresa na co-participação dos custos do plano de saúde.
A opressão do Governo Doritos, entretanto, não para por aí. Em campanha articulada pela categoria foi decidido que seria usado um colete vermelho em protesto à proposta de Reforma da Previdência. Por ordem do desgoverno estadual todos os trabalhadores que foram indicados pelas chifrarias daquela empresa foram punidos por participar da Campanha.
Em vista disso a categoria, além das pautas econômicas, reivindica o cancelamento das punições, a equiparação de salários entre funcionários que executam as mesmas funções, o Plano de Carreira e treinamento para os Operadores de Transporte Metroviário, antigos Agentes de Estacionamentos.
Doritos, que projeta ascensão nacional em 2022, apoia as medidas impopulares e cruéis do Governo do Coiso, e aproveita para intensificar as ações contra os servidores públicos do estado bandeirante e atender anseios de setores da sociedade que, motivados por sentimentos de inveja consideram indevidas as vantagens “conquistadas” pela categoria combativa do metro e, ideologicamente estão domesticados pelas propagandas governamentais e pela imprensa corporativista e elitista do país, além das fake News que caracterizam a política brasileira desde o período eleitoral de 2018.
A situação é grave, e por isso pode haver Greve dos metroviários à partir da meia noite desse 30 de abril se as reivindicações não forem atendidas. Setores da categoria, entretanto, nos dão como certo o cancelamento da Greve se, agora à tarde,  às 15 horas; em audiência de conciliação no TRT, o governo Doritos sinalizar com a renovação do acordo coletivo do ano passado.

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