sábado, 27 de abril de 2019

BOM-MOCISMO


É sabido que em todos os ambientes organizacionais, também chamados de corporativos, o caféZINHO é um importante momento para os trabalhadores. Com os Escravacionais e Ferradoários não seria diferente. É nessas pausas que se estabelecem e se fortalecem laços de amizade e companheirismo que extrapola o ambiente de trabalho; também são nesses momentos que tentando relaxar temos ideias que nos chegam como mágica e resolvemos problemas difíceis ou complicados; mas o mais importante desses segundos, às vezes minutos, são os diálogos que chamamos assuntos da DIVA.
Diva é um modo modernos e menos carregado de culpa ou reprovação social que adotamos para definir a fofoca nossa de cada dia. Uma benção que ameniza nossa ansiedade diante de tantas novidades terríveis e assustadoras, nosso momento de Departamento de Investigação da Vida Alheia.
Num desses momentos, uma parada para CaféZINHO, eis que justo o ZINHO, um chifre reconhecidamente puxa-saco, virou assunto em nosso diálogo. Carbundão, um Escorregadio que trabalhou com ele tempos atrás contou que para o Zinho, e segundo o próprio, para a ChuPeTreM, funcionário bom é só o tipo puxa-saco. Não importa competência, qualificação nem qualquer outra qualidade ou atributo, no Ferrorama só têm, na concepção do Chifre ZINHO e, como belo representante da espécie que é, também para Carbundão, funcionários ou colegas puxa-sacos.
Nesse sentido o obtuso Escorregadio, posto que só foi elevado à sua folha de jornal na hierarquia por ser bajulador profissional, deixou escapar uma informação de grande relevância para o momento atual. Das Líbias do Oeste Sorocabano todos os Ferrados serão colocados para fora sem choro, só caixão e vela preta. O mesmo ocorrendo com os que trabalham na Líbia “da ponta proeminente”.
De acordo com nosso agente – não intencional – do DIVA apenas cento e cinquenta (150) serão preservados. Serão todos selecionados entre a nata dos bajuladores, cordeiros praticantes do que ele chamou de bom-mocismo. Só bons moços e moças para preencher lacunas que existem nas outras Líbias.
Quadrúpedes e os que ficam de quatro são bons moços.
Às vezes até duvidamos desses vícios administrativos horrorosos dessa empresa vital, mas diante do desmonte que está sendo articulado à revelia dos colaboradores (nome bonito usado pelo Chifre local para se referir a nós, escravacionais), é indiscutível. A opção por uma administração que privilegia o interesse econômico  de setores empresariais em detrimento da importância social e estratégica de administrar os meios de transporte da população deixa claro que as pessoas, as vidas humanas, e nesse sentido a população e os trabalhadores, são apenas recursos humanos, descartáveis, substituíveis e dispensáveis, preferindo-se sempre aqueles com vocação para a escravidão que chamam de bons moços e moças.

2 comentários:

Chupa bola dos chefes disse...

No quesito conseguir privilégios a companheira o Zinho está saindo igual ou pior que o outro chifre barbudo fedido.

Chupa bola dos chefes disse...

Eu também já ouvi da boca dele esse tipo de comentários.