terça-feira, 23 de março de 2021

O PIOR ANO DA HUNANIMIDADE CHEGARÁ AO FERRADOÁRIO

 

Queridos irmãos Ferradoários, retorno a esse oráculo após muito tempo a pedido dos companheiros que, embora exerçam atividades no Ferrorama Paulistano trabalham, de fato, considerando a espiritualidade, no desenvolvimento da alma imortal e que, considerando os trágicos eventos que nos aterrorizam todos os dias, mortes aos milhares, desemprego, comorbidades e descalabro social e familiar, pediram nossa palavra para tentar entender o momento e se preparar para os meses que temos diante de nós.

Começo a dizer-lhes, portanto, que o cenário é de terror. E, como o Sr. Ogum já me havia dito em fins de 2020, o ano que se seguiria, logo, o ano presente, seria o pior de hunanimidade. Primeiro uma explicação, estou hoje me referindo a nós como Hunanimidade porque o presente momento é o início do expurgo necessário para mudar o destino do homem na terra. Não fomos capazes de trabalhar como grupo com visões diferentes, opiniões diferentes e nos pareçamos a execrar aqueles que são diferentes de nós. É o negro, o homossexual, o estrangeiro, às pessoas com deficiência; enfim, rejeitamos a diferença e buscamos o padrão e essa busca nos trouxe até aqui, e pior, sem alternativa de solução.

Portanto, como já me disse o Sr. Ogum, 2021 será mesmo o pior ano de nossa jornada nesse planeta. Mas, atendendo ao pedido dos irmãos, Ferradoários que trabalham conosco no Terreiro do Caboclo Folha Verde e Zé Pilintra, questionamos às lâminas do Tarot para avaliar o momento específico e qual o prognóstico para os amigos Ferradoários. E eis que as coisas que esse oráculo nos mostrou são mesmo preocupantes.

Primeiro saiu a Sacerdotisa, que nos diz que tudo que ocorre por ora está mesmo ligado ao divino. Ao imaterial e tem em sua origem poderes que nós, pequenos homens, somos incapazes de compreender e manejar. A Sacerdotisa olha para o passado em busca da sabedoria e, segurando o livro da vida em suas pernas, destino que ela mesma escreve, nos deixa claro que há muito por vir e, apesar de tudo que é visto, há muito ainda por acontecer.

A segunda lâmina, a Lua, ao mesmo tempo que nos insta a usar a intuição e buscar a lucidez para manter a serenidade na noite escura nos convida a manter a vigilância e o cuidado. A Luz nos adverte do aspecto negativo, há o risco iminente de novas destruições, desonestidades e doenças incuráveis.

A terceira carta, por fim, denota a tragédia que se já está imensa provavelmente aumenta rápido: a Torre. Muitas dores estão no caminho dos Ferradoários, cortes, mortes, quedas. A Torre nos manda refletir sobre o poder do imponderável, do imprevisível, do inimaginável que se aproxima de nós e ao mesmo tempo que prenuncia a catástrofe nos movimenta para a necessária força, que deve ser tirada da carência, da necessidade, para persistir e reconstruir.

Ainda perderemos bens, e pior, perderemos muitos colegas que estão atuando com imprudência apesar da catástrofe. Mas o pior será a reconstrução. Muitos não conseguirão continuar e as tragédias coletivas não serão suficientes para abrandar o coração diante das perdas pessoais que estão por vir. A Torre nos dá a ideia de que o poder do Imperador não é invencível, e por isso o cuidado deverá ser triplicado, pois, antes de cair, o Imperador deve queimar todo o seu reino, e não há entre os poderosos nenhum compromisso em proteger os menos afortunados e frágeis. A ruína está se aproximando e chegará avassaladora.