quinta-feira, 2 de abril de 2020

POLÍCIA, NO BRASIL, É JAGUNÇO

Jagunços, desde 1500.

Amigo leitor eu não sei responder se algum historiador sério, em alguma universidade do país, já se debruçou sobre o tema das polícias no país. Essa questão incomoda mais ainda depois que o Estado paga para os servidores públicos da segurança pública, necessitados contumazes de bicos, para trabalharem sua horas de folga em aparelhos públicos, notadamente nos estacionamentos do Ferrorama.
Não bastassem os guardinhas que trabalham na ChuPeTreM, servidores estaduais com presunção de polícia federal que, se não fosse ridículo, posto que o Estado e não a União paga seus salários, são patéticos porque num só gesto evidenciam seu pouco ou nenhum valor. Outrora os chamávamos, nesse e-tablóide, de ASnOs; e isso os incomodava. Houve até queixas trazidas ao blog por serem tratados como quadrúpede; pois bem, o departamento de Recursos (des)Humanos trocou sua nomenclatura e agora eles são os ASs... Logo, os chamaremos de Cus, posto que ASS, em inglês, é Cu.
E, se não bastassem os cus do ferrorama, com ares de polícia, agora temos os guardinhas da bagurança pública. Alguém sabe aonde nasceu a polícia no Brasil?
Não falamos da Força Pública, nome usado anteriormente à Ditadura Militar no Brasil, nem aos grupos militares golpistas que caracterizam a república desde sua (a)fundação. Tampouco os dragões da independência, pois poderiam imaginar que o Exército de D. Pedro I fosse a tal polícia original. Polícia, no Brasil, é jagunço, pois esse poder de coagir a população remonta o Rei D. Manuel, também chamado “O Venturoso”.
Ao invadir o Brasil a administração portuguesa dividiu o território em glebas, chamadas na história de capitanias hereditárias, ou seja, que passariam como herança aos descendentes. Naquela época foi permitido aos senhores daqueles feudos que formassem grupos, armados e com liberdade até para matar, com o viés de proteger sua riqueza e suas posses. Tudo feito em nome do Rei.
Alguma coisa mudou?
Não nego, amigo leitor, que haja gente trabalhadora e honesta entre as chamadas forças de segurança, mas a verdade é que a conserva cultural desse setor termina por contaminar a todos, e mesmo que compreenda o papel tenebroso que exerce contra a população, precisa criar uma cara de pau e cinicamente naturalizar a barbárie e as violências que cometem contra as pessoas. Polícia, como outrora eram os jagunços e capitães do mato, foram criados para proteger a elite econômica, a propriedade privada, e não a vida ou a segurança das pessoas.
Os jagunços, que ora infestam os estacionamentos da Ferrorama o comprovam. Assim como sempre fizeram os Cuzões dos Quartéis da ChuPeTreM, os PMs se apoderam das chifrarias, cozinhas e dos estacionamentos usados pelos funcionários para deixar seus automóveis. Até quando não estão protegendo os trilhos, e isso está começando a incomodar os Escravos dessa empresa vital.


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