domingo, 5 de abril de 2020

FERRADOÁRIOS TÊM QUE MORRER?

Amigo leitor o mês de março terminou, mas o debate entre o que deveria ser prioridade e preservado, a vida das pessoas ou o mercado de capitais?
Causou espécie entre analistas e formadores de opinião de diversos meios de comunicação as declarações de empresários brasileiros e do próprio presidente da república. Júnior Druski,proprietário do restaurante Madeiro, Roberto Justus, empresário e apresentador de TV que tem verdadeira tara por demitir pessoas em rede nacional e o próprio lunático que preside o Brasil teriam dito que, diante da quantidade de gente que existe no Brasil, seriam tolerável lidar com 5 mil mortes e que, diante disso, seria mais importante manter a economia.
É indiscutível que a economia é importante, mas também é inegável que a crise mundial causada pela infecção do Corona-Vírus, expôs a mesquinharia da elite brasileira, e o quanto são obtusos diante de coisas que não deveriam ser naturalizadas. A morte das pessoas não deveria ser banalizada, e a atitude das pessoas que relativizam a importância da vida das pessoas, por serem idosas, ou pobres, não podemos admitir que as pessoas sejam tratadas como descartáveis tomando como critério o poder aquisitivo ou as posses das pessoas. O nome disso é fascismo.
Fascistas da elite dão banana para o povo.
O debate está longe de acabar e, para espanto dos que leem regularmente este pasquim eletrônico, é a primeira vez que elogiaremos a atitude de um político do PSDBosta. O Governador Doriana, apesar do seu cinismo no período eleitoral, e em atitude eminentemente palanqueiro, está conduzindo o Estado Bandeirante como verdadeiro estadista, inclusive confrontando politicamente o principal responsável por sua eleição, o lunático Coiso. Fato é, entretanto, que não podemos nos iludir, pois, se em março, o sindicato dos metroviários entrou na justiça do trabalho pelo afastamento dos servidores elencados como grupo de risco, prioritariamente aqueles cuja idade é superior a 60 anos, grávidas e pessoas com doenças preexistentes.
Na ultima sexta, de acordo com a Folha de São Paulo (https://bit.ly/2yCO4zj), o TST (Tribunal Superior do Trabalho) derrubou a liminar alegando que aquele sindicato não representaria todas as categorias elencadas, inclusive terceirizados, e a partir de então os dois ferroramas paulistanos estariam desobrigados de manter as pessoas do grupo de risco afastadas e também do fornecimento de álcool gel aos trabalhadores.
A decisão do tribunal deixa evidente o descaso da elite com os pobres da nação, são descartáveis, e nossas mortes são um efeito colateral tolerável para a elite, e para as autoridades togadas para quem o que importa, a exemplo dos moleques sociopatas que consideram que o significado da vida é o lucro e o conforto próprio, é a ordem social vigente. E não lhes incomoda a imoral desigualdade da distribuição de riqueza de um país que, apesar do golpe, e do entreguismo da elite política e empresarial, ainda está entre as dez maiores economias produtoras de riqueza do mundo. Resta ver como a Cia-TPM vai conduzir a questão, pois, obtusos e fascistas, não faltam nas chifrarias, especialmente nos estacionamentos e nas escalas de a-Tração.
Não será surpresa para nós se os Chifres adotarem o lema: Ferradoário tem que morrer!


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