quinta-feira, 2 de maio de 2019

ENTRE OS GREGOS SEMPRE TEM UM TRAIDOR

Nas histórias dos Gregos, sempre há um traidor.

Um dos motivos de se conhecer a história, tanto do nosso quando de outros povos, é que com essa herança de outros tempos podemos prevenir algumas situações. Fato é, entretanto, que essa advertência que aprendemos por volta dos onze anos de idade, geralmente usada por todos os professores de história quando chegamos ao sexto ano do ensino médio, nunca é devidamente compreendida, ou só tardiamente vemos na prática cotidiana sua justificativa.
O historiador Heródoto, talvez o primeiro da humanidade a fazer registros dos fatos que caracterizaram sua época com objetivo de ajudar a humanidade na construção de uma memória coletiva, registrou um capítulo que encerra, em si, em graus equivalentes, o heroísmo e a covardia que caracterizam os seres humanos desde que este mundo é mundo. Heródoto nos conta, com glamour e uma certa dose de exagero a guerra que ficou conhecida como a Batalha de Termópilas. Essa batalha, inclusive, já serviu de ensejo a dois filmes em hollywood.
Trata-se de um período em que o império Persa estava em larga expansão, e como era grande a fome de riquezas e grandeza daqueles reis foi inevitável que, quando o império atingiu o povo Helênico, se travassem lutas sangrentas com vista à conquista do povo que, entre outras generosidades com os povos do futuro nos legou a democracia. A segunda dessas guerras marcou o intento do rei Xerxes em invadir e dominar. Engraçado como, apesar de tantos séculos passados os homens, especialmente quando estão em posição de poder gostam de exercer crueldade com seus subalternos. Vide nossa realidade, onde Chifres, sempre vaidosos e metidos, não sabem às vezes fazer a letra “O” na areia, mas perseguem a muitos com a intenção de humilhar, matar e depois demitir.
Mas, com a devida vênia, voltemos a nossa narrativa. Um grande rei, o Guerreiro Leônidas, acompanhado de pelo menos 300 companheiros destemidos, organizou uma arregimentação para enfrentar o poderoso exército de Xerxes em uma estreita passagem geográfica em que a vantagem numérica era inútil e, com inteligência e muita vontade, a batalha era equiparada em possibilidades de êxito. Leônidas, cujos bravos guerreiros seguiam firmes e motivados, enfrentava os Persas, também chamados à época de Medos.
O destemido rei teria alcançado sucesso na histórica batalha, não fosse a existência de um traidor, e acredite querido leitor, sempre há traidores e como dito lá em cima, tardamos a enxerga-los e por isso não os neutralizamos a tempo. Um inadequado e dissimulado, eivado de mágoa e ambição pessoal desconsiderava sua própria classe, este se aproveitou do momento e, com objetivo torpe de riqueza e vantagem pessoal foi, pelas costas, até o rei inimigo e não apenas vendeu o próprio povo, a própria etnia entre os quais nasceu e cresceu, mas colocou em mãos inimigas a alma de sua cultura deixando destruir os sonhos e as vidas até de que não nasceu.
A história, querido leitor, é um poço de sabedoria em que devemos sempre voltar, nela deveos matar a nossa sede causada de ignorância. Sendo assim, cautela; pois, entre nós, que não somos os 300 da ChuPeTreM, há traidores que nos denunciam, nos negam informação e as vende para nossos inimigos e, como aconteceu entre os Atenienses, estamos sempre sujeitos ao surgimento de um Grego traidor e covarde.

Um comentário:

Burro disse...

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