sexta-feira, 3 de maio de 2019

A IGNORÂNCIA NÃO TIRA FÉRIAS

Falo ao caro leitor nesse momento para expressar, e deixar registrado, o estado de ignorância, desinformação e preocupação em que estão os ferradoários, especialmente aqueles que, como eu, trabalham no Ferrorama do Oeste Sorocabano. Foi-nos solicitado o uso desse e-tabloide que, além de charges e crônicas denunciando os Chifres, pessoas abjetas e geralmente sem importância pessoal e para os quais só foi agregado valor quando, subindo um degrau da altura de uma folha de jornal, galgaram o grau, outrora, de chifres, escorregadios e, no momento atual, fatídico é verdade, são verdadeiros Descordenadores e Míopes ou Supercegos de Estacionamento.
Falamos dos Estacionamentos, muitos dos quais forma visitados por D. Schischi na semana derradeira antes de suas férias, nosso merecido descanso de sua presença asquerosa, quando com suas falácias, e cantilenas cujo objetivo é meramente adormecer bovinos, visitou as chifrarias deste ferrorama fétido para recomendar calma, e iludir incautos com a ideia de que a crise era a oportunidade para a criatividade e o crescimento. Fato é, entretanto, que o pânico e as ameaças de suicídio que têm sido comuns em nosso meio em caso de demissão em massa não se tornaram exclusividade nas chifrarias e entre bilisketeiros, colegas da a-Tração, local que deveria simbolizar o transporte sobre trilhos, o medo instalado é grande.
Naquele departamento há muxoxos de que a privatização, mascarada para a opinião pública como mera concessão, como as que se fazem com as estradas por exemplo, seria rápida e intempestiva. Que a concessionária contemplada com o serviço têm experiência no modelo de transporte em questão e que iria substituir os profissionais que ora atuam sem dificuldade e com baixo investimento em treinamento, suprindo eventuais imprevistos de modo pontual.
Nossa ignorância não tira férias.
Os ferradoários, neologismo que criamos coletivamente para nos referir aos Escravos que estão espalhados ao longo desse e de demais trechos estão simplesmente abandonados. Ludibriados pelo Ferrorama que, sabidamente tem interesse na manutenção da calmaria, pelo governo Doritos que concede um serviço como se milhares de pessoas, entre empregados diretos e terceirizados fossem seres inanimados como o asfalto e as placas das caras rodovias dos Estado dos Bandeirantes; mas, e foi oportuna a lembrança de Morpheus , nosso editor que apesar do nome não dorme, sobre traidores que ajudaram a abrir as portas para a entrada desse cavalo de tróia ao longo de anos de imobilidade.
Por fim, e isso é o mais relevante, temos que fazer a autocrítica e assumir nossa culpa; sim, nossa máxima culpa. O pecado original é inteiramente da classe ferradoária que, por anos esteve como o Brazil; deitada eternamente em berço esplêndido esperando o futuro chegar. Pois bem, o famigerado chegou, mas trará consigo o desterro de muitos, talvez todos, enquanto os vigaristas acham meios de lucrar e tirar proveito da carcaça dos empregados que – e aí é inquestionável a ação de D. Schischi que prospera mesmo sendo um grande bufão – são mesmo um rebanho de corte.
Ignoramos o que acontecerá, e nosso descompasso em relação à realidade, diferente do Chefe Mijão da Líbia toda, não tira férias; nosso desconhecimento parece que faz serão.

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