quinta-feira, 10 de junho de 2021

DOM SCHISCHI, ALÉM DE MIJÃO É VIGARISTA

 

É do Estado Moderno de Direito que se reconheça que pessoas, mais recentemente já se começa a discussão sobre os animais, são entes com direitos. Diferente do que caracterizou outros períodos das história da (des)humanidade caminhamos para um momento em que pessoas, em contrapartida às coisas, objetos e bens mesmo que valiosos, são detentoras de cidadania, respeito e, por que não dizer, têm cada vez mais a premissa de poder opinar e se queixar quando algo não vai a contento. Especialmente, como o caro leitor pode rever no início deste parágrafo, se estamos vivendo em um Estado Moderno de Direito.

Havendo essa presunção da dignidade, da cidadania e da soberania do valor dado à vida sobre todas as outras coisas é natural que, havendo uma inadequação no respeito aos direitos, as pessoas acionem o Estado, precisamente através do Poder Judiciário, e questione solicitando o arbítrio judicial para dirimir dúvidas e restaurar, senão o direito suposto, o esclarecimento sobre alguma matéria que gere desacordo. É assim quando se sofre um agravo, quando se é vítima de um prejuízo material causado por outro, tanto acidentalmente quando por deliberação e, no caso dos trabalhadores, aciona-se a justiça do trabalho para fazer valer um direito que se supõe existir e que esteja prejudicado.

É importante frisarmos que, das especificidades do judiciário, é à justiça do trabalho que compete a maioria das ações protocoladas no Brasil. Logo, depreende-se que empresas, senão todas ao menos a maioria, não são entes lá muito confiáveis. O que pode nos levar a supor a exatidão de um jargão há tempos no domínio público que diz que “trabalhar não enriquece ninguém, só ao patrão”.

        Dito isso, pode-se dizer que é natural que as pessoas acionem judicialmente as empresas, e que pleiteiem a reparação de seus direitos a partir do arbítrio de um magistrado. Isso é tão comum que pode ser constatado facilmente que, na ChuPeTreM, uma fração considerável de empregados têm ações trabalhistas contra essa madrasta má. Anuênio para uns, periculosidade para outros, há algum tempo se falava de sexta parte, outros ainda pedem equiparação disso ou daquilo e, assim, os empregados têm a oportunidade de reaver parte do que lhes era devido. Parte, já que uma porcentagem disso é custeio dos trabalhos advocatícios.

Aos Chifres, entretanto, parece restar uma postura meio estranha, como se além de empregados, mesmo que com salários maiores, fossem de algum modo sócios, ou como se, para esses, a madrasta má agisse como uma mãe generosa; os Chifres parecem se ofender com os empregados que pleiteiam valores através do juiz para reparar prejuízos sofridos. Terá a ChuPeTreM descontado valores de ações judiciais de algum tiranete de Escala ou de Líbia?

Os Chifres agem como se fossem patrimônio da Cia TPM e, juntamente a essa empresa vital, fossem pessoalmente ofendidos. Engraçado que tacitamente se sentem atribuídos do encargo de “vingar a empresa” que, devedora paga, já que ordens judiciais transitadas em julgado não se discutem, se cumprem e, em sua sanha sangrenta se arvoram em perseguir, matar, humilhar e, quando têm êxito, depois demitir. Foi o que se viu recentemente contra um escraviário que atende pelo pseudônimo de “Homem Lixo”. Lixo, na verdade, é Dom Schischi; pois diante do sucesso do escraviário em obter lucro em um processo judicial no qual pleiteava o respeito a direitos, e se assim não for que vá se discutir com o legislador ou com o julgador, em gesto persecutório transferiu à revelia o servidor de plataforma para um posto de trabalho onde Mau-Há e no qual o reclamante teria diversos desconfortos.

Se por um lado o escraviário alcança uma vantagem, de outro recebe uma mijada, típica de um Chifre Tiranete cuja alcunha adequadamente é Schischi. E o farsante de gestor, querendo se supor vigário, investido dos poderes de Deus, exerceria em Seu nome a função de salvar. Só não se sabe a quem. Talvez o próprio narcisismo quando alucinado demonstra novamente ser de fato um demônio e, no propósito de manter ares de bondade evidencia que não passa de um tiranete, sem valor e, a bem da verdade, um verdadeiro vigarista.




Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo faz um texto sobre a privatização das linhas 8 e 9 , pdi e muitos aposentados que não aderiram , situação dos empregados enfim ...