sexta-feira, 27 de março de 2020

NÃO EXISTE DINHEIRO PÚBLICO, É DINHEIRO DO CONTRIBUINTE

Não existe dinheiro público: é do povo!

Margeth Thatcher, ex-primeira ministra britânica de 1979 a 1990, bastião do neoliberalismo desde os anos 70, tinha uma ideia que se antes tinha relevância, nos tempos de crise biológica mundial, não existe dinheiro público. O dinheiro administrado pelo poder público, em todas as esferas, é dinheiro de quem paga impostos.
E, nesse momento em que vivemos em meio a uma pandemia causada pelo vírus Corona, em que governantes eleitos e líderes egoístas vêm a público em redes de rádio, televisão e redes sociais defender que é fundamental mantermos a economia. Na visão daquelas pessoas as mortes, embora inevitáveis, são um mal menor diante da suposição de que mais mortes ocorreriam caso a indústria ou o agronegócio – hoje largamente automatizados – pararem. É inevitável que haja crise econômica, o importante é pensar que nós, os trabalhadores, não precisamos de patrão, nem de magnatas e muito menos de especuladores profissionais que, sem a normalidade das bolsas de valores, começaram a especular com nossas vidas para reaver seus lucros.
A verdade, embora haja idiotas até em nossa classe social que discordam, é que são os ricos que dependem do pobre, e não contrário como nos levaram a crer. É a classe operária que acorda de madrugada para abrir a estação e receber os serviçais que vão preparar o café, que assam o pão e limpam os escritórios além de abastecer as geladeiras dos presidentes, políticos, diretores e supostos gestores. Chefe não tem importância, quem move o mundo são os trabalhadores; apenas estamos tão adestrados pela cultura neoliberal e industrial que ainda não percebemos isso.
E, como dizia a Dama de Ferro, os dinheiros do mundo, são nossos, logo, nada mais lógico que, como classe, nos organizemos para finalmente cobrar o silêncio dos que desde o surgimento da iniciativa privada lucram com nosso esforço, e que a riqueza acumulada em todas as nações, pelo insignificante populacional de milionários e bilionários seja convertido em benefício da espécie humana e da garantia de recursos básicos para nossa sobrevivência.
Se a economia quebrar, que pena, os ricos perderão, pois nós, o rebanho de animais humanos na terra ganhamos, quando conseguimos, o básico para vestir e comer, teremos o mundo para reconstruir. De preferência com mais solidariedade e a instalação de freios ao acúmulo de riquezas em pequenos grupos de pessoas em benefício da coletividade. E as empresas que, se não pagam porque sonegam, têm reiteradamente sido contempladas com renúncia fiscal porque sempre flertam com os políticos eleitos e não quebram porque historicamente recebem socorro através do uso do dinheiro, vejam só, das pessoas que não têm como sonegar impostos.
Quando a economia quebrar os trabalhadores assumirão os campos, as cadeias produtivas e poderemos criar uma nova organização social, produtiva e econômica, com responsabilidade pela natureza e respeito à dignidade humana e dos animais.

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