quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Prejuizos Sociais e Desenvolvimentistas dos Bandeirantes


Vamos começar explicando o título que encima esse texto. Todo mundo sabe que as siglas de partidos políticos representam palavras, e o uso de letras facilita a memorização, é como uma lavagem cerebral que nos aflige e, no caso do Estado de São Paulo, desde primeiro de janeiro de 1995, o estado é um feudo gerido pelo PSDB, cuja sigla enseja o trocadilho adotado como título.
Completa um quarto de século sem alternância de poder. Quem precisa de ditadura se a população não sabe lidar com alternância de poder e legitima uma bem-sucedida “ditacracia” como a que se vê no estado desbravado pelos bandeirantes. Apesar da miopia dos paulistanos o resultado é o desmantelamento da escola pública, um sistema de saúde disfuncional na região metropolitana, onde se de uma lado as prefeituras assumem o maior encargo com o atendimento às populações dos município (o que também é mal feito), o trabalho que deveria ser oferecido pelo estado, ou seja, os hospitais de referência estão desprovidos de vagas para atender a demanda. Prova disso é a superlotação do Hospital das Clínicas e a demora para conseguir atendimento com especialista naquele aparelho.
Temos que encerrar esse governo que gerencia através
de serviços precários e terror a vida da nossa população.
Além de educação e saúde outro nó para nossa população é segurança pública. O estado tem 32% de toda a população carcerária do Brasil. Tudo bem, dirão que isso é proporcional à maior concentração demográfica em São Paulo, mas se levarmos em conta que foi nesse estado que se organizou e de onde tem se infiltrado o crime organizado auto denominado PCC – Primeiro Comando da Capital, fica patente o fracasso das polícias e da inteligência em segurança púbica estadual.
Se hora não se verifica altos índices de mortalidade deve ser pelo efeito contrário das mortes para a facção, pois a polícia paulistana ainda é alvo de críticas pela sua letalidade e pelo uso político feito pelo governo para desmobilizar manifestações democráticas, movimentos trabalhistas como as greves de professores e ocupações de terrenos improdutivos pertencentes a famílias ricas ligadas ao agronegócio ou seus derivados.
Diante de tais calamidades o prejuízo é para o erário público e para o povo, que sofre com péssimos serviços.
O projeto, sempre neoliberal, ou seja, do estado mínimo e da transferência de dinheiro do cofre do governo para a iniciativa privada é a solução apresentada por esse governo, repita-se, há um quarto de século. Governar de modo a precarizar os serviços é, como se dizia antigamente, criar uma dificuldade para te vender, como idiota, uma facilidade e a solução para os problemas apresentados é sempre a privatização.
Como a da Sabesp, cujo desperdício de água tratada supera os 30% em vazamentos subterrâneos que não são reparados para impedir que os acionistas Nova Yorkinos dessa empresa, hoje de economia mista, percam rentabilidade. As campanhas mentirosas são para que a Dona Maria comece a economizar ou, como todos que moramos na periferia, é desligar a água durante a noite e ligar só de manhã.
Mas não termina por aí, vamos falar de transportes, se os dois principais ferroramas ainda são meio estatais não se pode dizer o mesmo da manutenção, predominantemente privada, e não podemos nos esquecer dos caminhões de dinheiro pagos à Concessionária do Metrô Privado que garante o lucro estabelecido em contrato mesmo que não sejam entregues as estações que sempre atrasam as obras. Ou seja, a população fica sem estação, mas a concessionária recebe como se estivesse ativa e bem movimentada.
Em matéria recente denunciaram o furto de 200 quilômetros de trilho no litoral Sul pela concessionária beneficiada no final da década de 90 para operar a carga.
Sabemos que o patrimônio está sendo roubado, sob nossos olhos que, ocupados demais em cuidar da própria vida, terminam deixando de lado o cuidado da vida pública. Mas é verdade que os eleitos não expressam a vontade da população, posto que o índice de ausência nas eleições só aumenta e, se não é mais possível continuar a aceitar a forma como a vida é conduzida talvez a alternativa seja uma guinada mais à esquerda.
Deixar de lado a ilusão que ainda representa o PT, Partido de Traidores que foram úteis à corrupção e ao uso do interesse público como balcão de negócios com empreiteiras. Está ruim com o partido do Prejuízo Social e não parece ficar melhor com o Partido dos Traidores, precisamos de uma revolução social, e da escolha de novos representantes, que além de não se perpetuarem por mais vinte e cinco anos no poder não tenham interesses ligados à elite econômica e exploradora da classe operária ou à especulação econômica e fundiária que são a marca do Brasil.

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