sábado, 19 de março de 2016

Notinha para passar no ânus

Entra ano e sai ano e as coisas não mudam em nosso quintal ferradoário, nós, os escravacionais, somos tratados como idiotas. E pior, nos comportamos com tal. Começou o incômodo em Ribeirão Triste, Saddan, o Troglodita de plantão, começou a distribuir notas baixas aos asseclas. Exceção feita, claro, aos apaniguados de sua caverna pré-histórica. Os funcionários começaram a comentar que seria retaliação por ter sido mal avaliado por Joãozinho Trinta, e pelos tristes eventos em que se envolveu jogando água no chopp da escola de samba.
A triste realidade é que os escravacionais, mais uma vez tratados como imbecis, mesmo diante do clima de golpe que impera nesse país, não enxergaram a jogada. Baixar as notas não foi um fato isolado a Ribeirão do Hominis sine Collum[1], foi política de RH adotada pela ChuPeTreM e está sendo praticada em todos os estacionamentos, pátios e escalas.
Avaliação funcional.
O problema das pessoas brasileiras é que elas fazem política com o estômago, isto é, pensam apenas com a necessidade imediata, e geralmente são incapazes de olhar em longo prazo. Baixar as notas já terá interferência direta sobre o PPR que iremos choramingar em 2017. Ou vocês se esquecem de que a avaliação funcional conta para aquela apuração do quanto cada um merece?
Como a Líbia 10 agora é um barracão de escola de samba em que muito do que acontece não passam de alegorias, os famosos 10 que nos davam a ilusão de participar do desfile das campeãs está bem mais raro. Isso se não foi extinto. E vale acrescentar que também implicará nas progressões horizontais e verticais, esse PCCS maluco e irracional feito com apoio do sindicato do Crime que opera entre nós.
Agora recebemos notas apenas para não cair do grupo especial, ou seja, notas que garantirão apenas o papel para passar no ânus. Essa é a política de qualidade de vida da ChuPeTreM, uma realidade onde nada é bom, em que vamos perdendo desde o Abre-alas, passando pela evolução e terminando na depressão da quarta-feira de cinzas. Ano que vem nem precisará articular as secretarias sindicais, e os ferradoários já começarão o ano de quatro, com um óculos verde e comendo capim seco.



[1] Homem sem pescoço.

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