Entra ano e sai ano e as coisas não mudam em nosso
quintal ferradoário, nós, os escravacionais, somos tratados como idiotas. E pior,
nos comportamos com tal. Começou o incômodo em Ribeirão Triste, Saddan, o
Troglodita de plantão, começou a distribuir notas baixas aos asseclas. Exceção
feita, claro, aos apaniguados de sua caverna pré-histórica. Os funcionários
começaram a comentar que seria retaliação por ter sido mal avaliado por Joãozinho
Trinta, e pelos tristes eventos em que se envolveu jogando água no chopp da
escola de samba.
A triste realidade é que os escravacionais, mais
uma vez tratados como imbecis, mesmo diante do clima de golpe que impera nesse
país, não enxergaram a jogada. Baixar as notas não foi um fato isolado a
Ribeirão do Hominis sine Collum[1],
foi política de RH adotada pela ChuPeTreM e está sendo praticada em todos os
estacionamentos, pátios e escalas.
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Avaliação funcional. |
O problema das pessoas brasileiras é que elas fazem
política com o estômago, isto é, pensam apenas com a necessidade imediata, e
geralmente são incapazes de olhar em longo prazo. Baixar as notas já terá
interferência direta sobre o PPR que iremos choramingar em 2017. Ou vocês se esquecem
de que a avaliação funcional conta para aquela apuração do quanto cada um
merece?
Como a Líbia 10 agora é um barracão de escola de
samba em que muito do que acontece não passam de alegorias, os famosos 10 que
nos davam a ilusão de participar do desfile das campeãs está bem mais raro.
Isso se não foi extinto. E vale acrescentar que também implicará nas
progressões horizontais e verticais, esse PCCS maluco e irracional feito com
apoio do sindicato do Crime que opera entre nós.
Agora recebemos notas apenas para não cair do grupo
especial, ou seja, notas que garantirão apenas o papel para passar no ânus. Essa
é a política de qualidade de vida da ChuPeTreM, uma realidade onde nada é bom,
em que vamos perdendo desde o Abre-alas, passando pela evolução e terminando na
depressão da quarta-feira de cinzas. Ano que vem nem precisará articular as
secretarias sindicais, e os ferradoários já começarão o ano de quatro, com um
óculos verde e comendo capim seco.
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