domingo, 15 de junho de 2025

"O CAFÉ SUMIU! E AGORA, FERRADOÁRIOS?"

Pois é, caros leitores (se é que ainda nos restam alguns após tantas pérolas editoriais), esta semana nossa equipe foi convidada – ou melhor, incumbida – a denunciar um crime de lesa-pátria ferroviária: a ChuPeTreM teria, pasmem, cortado o fornecimento de café e açúcar nos estacionamentos do Ferrorama! Sim, senhores! O Escravacional (aquele funcionário que nunca nos decepciona com suas demandas absurdas) alega que, como o café e o açúcar eram distribuídos há décadas, isso seria um direito adquirido – algo sagrado, intocável, digno até de uma ação na (in)Justiça do Trabalho!

Ora, ora... Se o Ferradoário pede para ser desmoralizado, quem somos nós para negar? Nosso consulente parece que, de duas uma: ou ele é burro, ou – como a maioria – é apenas covarde.

Lembram-se das greves? Momento em que todos ficam escondidos nas Chifrarias dos Estacionamentos, aguardando o fracasso do movimento paredista e prontos para abrir as portas à suínada assim que a ordem chegar. Lembram quando, anos atrás, surgiu uma chapa clandestina para derrubar a burocracia sindical (aquela que serve direitinho à ChuPeTreM)? Pois é... Todos se acovardaram, murmurando o clássico "melhor pingar que faltar", enquanto o rebanho de caprinos sugava seu sangue sem dó. Agora nem pingos nem goteiras, exceto as do barraco.

E os Estacionamentos? Ah, lá era o paraíso da baixaria institucionalizada. Teve quem oferecesse a esposa ao Chifre do Estacionamento só para conseguir escala noturna. Wanderlei (não, não era o Cardoso) recebia tickets-refeição como se fossem ouro, enquanto ao Ferradoário distribuía Escalas noturnas de trabalho como migalhas para que os miseráveis ao menos não morressem de fome. Já os supervisores, todos míopes (óbvio), viviam como cães danados atrás de pilastras, só esperando um peão escorregar para aplicar a punição exemplar e sentir seu ego massageado em clara condição de Síndrome do Pequeno Poder.

Já esse e-tabloide, bom, ele nunca foi lá muito sério – a não ser no sentido de zoar os imbecis que, ao subir um degrau na hierarquia, muitas vezes da altura de uma folha de jornal, já se acham reis do Ferrorama. Gente do tipo que abre sua grande Boca para  posar de defensor dos trabalhadores ou imbecis que vivem Xatiano os subalternos enquanto baba ovo de engenheiro incompetente (aqueles que não projetam nem uma casinha de cachorro, quanto mais uma ferrovia).

Mas, atenção! Apesar de nosso desprezo olímpico pelo xibungo de CGE que nos procurou, vamos ser generosos e dar uma dica: André Louco, o Rábula de Plantão. Se alguém topa entrar com uma ação dessas, é ele! Pelo puro prazer de fazer um trabalho de Arlequim – e, nesse caso, seriam dois: o garoto com abstinência de café e o Bacharel em Baixaria, aquele que passou anos redigindo despachos para o finado Exurandir (que, diga-se de passagem, já foi tarde).

Então, Ferradoários, se o café acabou, chorem no leite – ou melhor, no descafeinado. A luta é dura, mas a palhaçada continua! ☕🚂 

A OAB informa: SEM ADVOGADO NÃO SE FAZ JUSTIÇA.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

ZINHO, SEU DESESPERO FICA ESTAMPADO NOS PAPEISINHOS

 

Os ares na outrora pujante ChuPeTreM não andam lá muito viçosos! Após longínquas décadas sob a égide estatal, eis que a empresa, em um lance de engenharia societária, vê-se esmiuçada e distribuída por meio de diversas concessões, que, na prática, ostentam personalidades jurídicas distintas, embora provenientes do mesmo tronco. A situação é de tal jaez que até mesmo entre os sequazes históricos do poder no Ferrorama, aqueles humildes servidores, amiúde modestos em dignidade e na liderança que deveriam exercer, grassa um desalento profissional palpável.

Tem sido objeto de discretos sorrisos um certo figurão diminuto que encontra repouso nas margens de um caudal melancólico. Faustinho, o chefe de ébano, confidenciou a alguns de seus convivas que o aludido "Zinho" encontra-se perturbado, ansioso quanto ao seu futuro laboral, pois, em perdendo o posto, perderá, ipso facto, seu padrão de vida, não mais logrando conciliar o sono, lamentou-se ao chefe melanodérmico que, quiçá, terá de alienar seu veículo automotor. E, para mitigar o pânico, que parece exibir uma relação inversamente proporcional à estatura do pequeno notável, a ordem é portar consigo bilhetes de papel, expondo-se à abordagem da plebe para oferecer auxílio com sacolas, por vezes maiores que o próprio indivíduo, provendo informações e, se necessário for, prestando-se como um humilde capacho, tudo culminando na entrega do número telefônico do serviço de atendimento ao usuário, com o fito de receber encômios.

Na impossibilidade de exercer o papel de lacaio na hierarquia do Ferrorama, haja vista a rarefação de chefias após as reiteradas dispensas, o Zinho, destituído de alternativa em sua missão de adular, volta suas atenções à massa anônima. Tanto assim que as imediações do Ribeirão se tornaram o Estacionamento mais citado no "Disk 100" da ChuPeTreM.

Nutre-se a expectativa de que as menções honrosas, obtidas por meio de manipulação e lisonja da turba, venham a preservar seu emprego.

Os "Escravacionais" atendem às solicitações, pois, convenhamos, com um indivíduo em estado de exaltação, melhor não contrariar, mas, pelas costas, divertem-se com as peculiaridades do "Chifre Geraldo" do Estacionamento, curvando-se, obviamente, para que o pequeno líder não ouça e, consequentemente, não os importune, como aliás sempre fez e, decerto, sente muita falta de fazê-lo. Seria necessária imensa quantidade de papel para higienizar as fezes que o Zinho sempre produziu no Ferrorama, mas por ora ele o usa para auferir lisonjas e promover troça até entre seus comensais.

Pior ainda é que nem mesmo periódicos são vendidos hodiernamente, pobre Zinho! Caso contrário, poderia tornar-se um distribuidor de algum panfleto oposicionista de viés conservador, dos mesmos empresários que ora adquirem o Ferrorama e o relegam à via crucis, afinal, o ofício de "papeleiro" ele já aprendeu a exercer. Aliás, sempre o fez, pois atuava como arauto de advertências e suspensões, portando documentos de despacho para lá e para cá e solicitando justificativas aos "Escravacionais".

Haverá papel suficiente para que Zinho limpe a sujeira
ou requeira elogios à turba que passa por Ribeirão?

 


quarta-feira, 21 de maio de 2025

O MUNDO NÃO GIRA, CAPOTA...

 


Ah, o destino! Esse brincalhão que adora pregar peças e, às vezes, até dar umas cambalhotas no tapete da vida. Nosso protagonista, um simpático cavalheiro que chamaremos de "Sr. Bacon" (por motivos que ficarão hilariamente claros), chegou ao estacionamento da estação "onde Mau-Há" acompanhado de sua distinta dama. A missão? Adquirir dois ingressos para o "Trem Fantasma da ChuPeTreM" e, assim, rumar tranquilamente para a capital.

Tudo ia de vento em popa, o Sr. Bacon, com a certeza de quem domina a arte de embarcar no Ferrorama, inseriu a vultosa quantia de vinte Reais na máquina de bilhetes. Esperava ele a emissão dos tíquetes e, quem sabe, um troco para um cafezinho. Mas, meus caros, a ChuPeTreM, como boa megera, não perde a oportunidade de dar uma beliscada no bolso do pagante. O terminal, num ato de rebeldia tecnológica, simplesmente engoliu a nota, reteve os bilhetes e, para completar a patifaria, “esqueceu-se” do troco!

Será que o algoritmo da bilisketeria eletrônica foi compilado pelos gatunos que vendiam ingressos até pouco tempo?

Indignado, o Sr. Bacon, com a paciência já no limite, dirigiu-se ao funcionário de plantão, aquele que parecia estar ali apenas para aquecer o banco da iminente demissão. Nosso suíno, digo, cidadão, expôs sua situação, esperando uma solução digna. A resposta? Ah, essa foi de arrancar gargalhadas (nervosas, claro): "Senhor, o problema não é meu! O serviço é terceirizado, a máquina é do 'João da Esquina Ltda.', e o dinheiro que ela rouba não é de nossa responsabilidade!"

Pois é, caros leitores, no glorioso processo de privatização, terceirização e digitalização do Ferrorama do Apocalipse, a regra de ouro continua sendo o "belisco". Mas o mais saboroso dessa história é o plot twist que nos faz crer que o mundo realmente não gira, ele CAPOTA! Acontece que o nosso Sr. Bacon, o agora "suíno" que sentia na pele a mordida da injustiça, não era um mero novato na arte de ser beliscado. Ele, pasmem, foi outrora um exímio "beliscador de troco", ou seja, o antigo funcionário que, com maestria, fazia a "ChuPeTreM" valer seu nome.

É a lei do retorno em sua versão mais cômica e irônica! O larápio de ontem agora experimenta do veneno que destilava para a pobre "suinada" que depende do "Trem Fantasma da ChuPeTreM" para ir e vir, muitas vezes com o dinheiro contado na ponta dos dedos. A vida, meus amigos, é uma caixinha de surpresas... ou melhor, uma máquina de bilhetes que na ChuPeTreM também te passa a perna!