quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Violência de Estado é terrorismo

Amigo leitor quando dizemos que o Estado Brasileiro é medieval algumas pessoas se aborrecem, dizem que é complexo de vira-latas, que só valorizamos o que é de fora, e uma porção de outras bobagens dessa natureza. Eles tentam desqualificar nossa opinião porque não marchamos de mãos dadas nem engrossamos o coro dos contentes. Aliás, por meio da imprensa vimos imagens de violência cometida contra cidadão por agentes do Estado de São Paulo, mais precisamente das duas empresas de transporte sobre trilhos que deveriam ser referência para o país, e o couro dos meninos; esses, sim, dever ter ficado bem descontentes.
Covardia de Estado.
No Metrô um menino foi expulso do sistema de forma covarde e violenta porque, segundo ele, teria posto um skate no chão. Com uma esganadura no pescoço, talvez um golpe covarde de alguma arte marcial, ele foi jogado contra os bloqueios, que são de aço, e lançado para fora do sistema como se fosse um lixo.
Na CPTM as imagens mostram outro jovem, esse estudante de direito que voltava do trabalho e, de acordo com a imprensa, esperava a namorada, sendo espancado por três ou quatro homens. Um deles admitiu ser o encarregado pela operação, foi exibido com o joelho imobilizando o homem pelo pescoço. Ao ser abordado pelo jornalista alegou que não queria fazer aquilo. Mas ele fez! E estando no comando de outros guardas, aparece até um vigilante próprio da CPTM armado nas imagens, abusou do uso de força e humilhou um passageiro, um usuário do sistema, como se ele fosse um marginal perigoso.
Os guardinhas, sim, guardinhas no diminutivo, demonstraram incompetência para desempenhar as funções que lhe são atribuídas. Seja por incompetência própria, seja por falta de treinamento, são o retrato de um modelo de administração fracassado e incompetente que respinga, primeiro do Governo do Estado que há duas décadas reina, e na administração das duas empresas de transporte que empodera pessoas sem as devidas condições para liderar e resolver situações bem simples. Quando se adota a violência como ferramenta a civilidade que nos tornaria humanos, e a inteligência, foram dispensadas e o que vemos são feras selvagens.
Alegadamente o motivo da segunda covardia, aquela praticada pelos guardinhas da CPTM, foi porque o rapaz estava sentado. Segundo eles isso não pode. Só não entendi aonde o rapaz está comprometendo a segurança por se sentar no chão se não tem bancos na estação. E mais grave, sentar no chão não pode, o passageiro corre risco de apanhar, mas pode andar nos trilhos porque o trem para de funcionar, correr risco por descarrilamento, ou sofrer aperto e desconforto em plataformas e trens abarrotados por falta de competência administrativa de quem deveria garantir a segurança e a integridade do cidadão.
A violência, quando cometida pelo estado, seja pela polícia, ou por esses guardinhas que assim se consideram, é um ato de terrorismo. Primeiro porque surpreende o cidadão que fica sem iniciativa até para se defender, pois não espera que o estado que ele ajuda a sustentar pagando impostos, e nesse caso também passagens, o humilhe e coloque em risco o seu corpo e, excepcionalmente, até sua vida.
Que o estado tenha o monopólio da violência como forma de coibir a barbárie entendemos, mas tomar para si o monopólio da covardia, pois é o que vimos nos dois casos, isto é inadmissível.

5 comentários:

Anônimo disse...

Estado medieval kkkkkkk .

Zé Maria disse...

Se acham os puliça ferroviária federal, tudo guardinha. tá certinho.

Ainda gosto da cptm disse...

Mas é se fosse ao contrário vcs iriam achar legal, parem de ser manipulados pela mídia pois é isso que ela quer jogar a sociedade contra asua autoridades, vamos defender nossos colegas ferroviários, estamos todos no mesmo barco, acordem e tempo de unir e não de nos afastarmos.

Anônimo disse...

Coitada da guaxinim, se o marido perder o emprego vai ter que bancar o filho sozinha...oremos pra que o pior não aconteça com o Gaz!!

Anônimo disse...

Na chupetrem pod fazer de tudo, só não pode dar "reportagem"