Em uma palavra: TUDO!
O presidente Temer, hoje com 76
anos, se aposentou com 54 anos como procurador, somadas as suas rendas, de
aposentado e de presidente da república, seus proventos somam R$ 45 mil. O
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que prometeu à sociedade a aprovação da
reforma da previdência no primeiro semestre, tem hoje 71 anos e aposentou aos
53 como deputado, legalmente ele recebe mais de R$ 50 mil. Dizemos oficialmente
porque já foi citado mais de 40 vezes na Lava Jato, portanto, não sabemos.
Mas, enfim, são esses homens e
seu pares que desejam mudar as regras de aposentadoria, contudo, as verdadeiras
razões eles não contam, e tem apoio total e irrestrito da imprensa para
divulgar suas justificativas mentirosas. Na prática isso visa fazer você
trabalhar muito mais para encher o bolso dos ladrões que desviam verbas em escândalos
públicos, tanto na esfera federal, que tem dado manchetes através da operação
lava jato como nos estados e municípios. O Ferradoário tem tudo a ver com isso
porque ele vive no Brasil e, apesar de não ter vida social e orbitar um mundo
paralelo e alternativo que é a ChuPeTreM, ele só poderá se aposentar de acordo
com as regras que forem aplicadas ao resto da população.
A previdência social faz parte de
um tripé que envolve Saúde, Assistência Social e Seguridade. Esse tripé é
superavitário, ou seja, tem saldo positivo. O que tem de real é que o país realmente
teve prejuízos na arrecadação, mas isso não tem a ver com a crise, mas com a
renúncia fiscal que o país vem praticando ano após ano e, em 2011, começou a se
acentuar. Na prática o país renunciou de cobrar impostos, mas de grandes
empresas, particularmente as multinacionais do setor automobilístico e metalmecânico
que mandam seus lucros para o exterior.
É inegável que há uma crise
econômica, em grande parte pelos erros cometidos pelos governos do PT, de outro
pela pressão dos setores econômicos que desejam manter os padrões de lucro do
início do primeiro governo Lula, mas os setores mais beneficiados da economia
não estão ajudando a pagar a conta. O Governo Temer mantém a renúncia fiscal e
aplica o peso da diminuição de arrecadação apenas nos trabalhadores, pois além
de não rever as isenções fiscais que são garantia de lucros para quem deve, em essência
assumir os riscos no capitalismo, também garante o pagamento de juros de uma dívida
pública que mesmo com tantos pagamentos não para de crescer.
Fato é que esta dívida nunca foi
auditada para verificar se ela existe mesmo ou se é mantida para servir de
justificativa aos assaltos cometidos contra o trabalhador brasileiro. Vamos
mais longe um pouco, o verdadeiro buraco nas contas públicas vem desse
presentão dado pelo governo brasileiro aos empresários e dos bilhões que são
transferidos aos banqueiros como pagamento da dívida. Todos lucram, menos o
trabalhador, que é o real fabricante da riqueza.
Temos tudo a ver com isso, porque
vamos sofrer as consequências junto com todo o povo brasileiro. Todo o esforço
é válido, e já que nossos órgãos representativos de classe vivem no país das
maravilhas, e não esclarecem a questão, precisamos abrir o olho e começar a
exercer o legítimo direito democrático de protestar.
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