quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Reforma da previdência, o que o ferradoário tem a ver com isso?

Em uma palavra: TUDO!
O presidente Temer, hoje com 76 anos, se aposentou com 54 anos como procurador, somadas as suas rendas, de aposentado e de presidente da república, seus proventos somam R$ 45 mil. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que prometeu à sociedade a aprovação da reforma da previdência no primeiro semestre, tem hoje 71 anos e aposentou aos 53 como deputado, legalmente ele recebe mais de R$ 50 mil. Dizemos oficialmente porque já foi citado mais de 40 vezes na Lava Jato, portanto, não sabemos.
Mas, enfim, são esses homens e seu pares que desejam mudar as regras de aposentadoria, contudo, as verdadeiras razões eles não contam, e tem apoio total e irrestrito da imprensa para divulgar suas justificativas mentirosas. Na prática isso visa fazer você trabalhar muito mais para encher o bolso dos ladrões que desviam verbas em escândalos públicos, tanto na esfera federal, que tem dado manchetes através da operação lava jato como nos estados e municípios. O Ferradoário tem tudo a ver com isso porque ele vive no Brasil e, apesar de não ter vida social e orbitar um mundo paralelo e alternativo que é a ChuPeTreM, ele só poderá se aposentar de acordo com as regras que forem aplicadas ao resto da população.
A previdência social faz parte de um tripé que envolve Saúde, Assistência Social e Seguridade. Esse tripé é superavitário, ou seja, tem saldo positivo. O que tem de real é que o país realmente teve prejuízos na arrecadação, mas isso não tem a ver com a crise, mas com a renúncia fiscal que o país vem praticando ano após ano e, em 2011, começou a se acentuar. Na prática o país renunciou de cobrar impostos, mas de grandes empresas, particularmente as multinacionais do setor automobilístico e metalmecânico que mandam seus lucros para o exterior.
É inegável que há uma crise econômica, em grande parte pelos erros cometidos pelos governos do PT, de outro pela pressão dos setores econômicos que desejam manter os padrões de lucro do início do primeiro governo Lula, mas os setores mais beneficiados da economia não estão ajudando a pagar a conta. O Governo Temer mantém a renúncia fiscal e aplica o peso da diminuição de arrecadação apenas nos trabalhadores, pois além de não rever as isenções fiscais que são garantia de lucros para quem deve, em essência assumir os riscos no capitalismo, também garante o pagamento de juros de uma dívida pública que mesmo com tantos pagamentos não para de crescer.
Fato é que esta dívida nunca foi auditada para verificar se ela existe mesmo ou se é mantida para servir de justificativa aos assaltos cometidos contra o trabalhador brasileiro. Vamos mais longe um pouco, o verdadeiro buraco nas contas públicas vem desse presentão dado pelo governo brasileiro aos empresários e dos bilhões que são transferidos aos banqueiros como pagamento da dívida. Todos lucram, menos o trabalhador, que é o real fabricante da riqueza.
Temos tudo a ver com isso, porque vamos sofrer as consequências junto com todo o povo brasileiro. Todo o esforço é válido, e já que nossos órgãos representativos de classe vivem no país das maravilhas, e não esclarecem a questão, precisamos abrir o olho e começar a exercer o legítimo direito democrático de protestar.

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