Não é só na escala que vai Xatiano. |
O ano de 2018 foi pródigo em termos de relacionamentos no
ambiente de trabalho. Foi desgastante porquê as condições de vida começavam a
deteriorar a passos largos e os idiotas que, segundo Nelson Rodrigues, são a
maioria, não conseguiam entender que o futuro, aquele para o qual o Brasil
estaria destinado, não estava mais próximo do que há uns vinte anos atrás.
Eu gostava muito mais do Brasil no passado, afinal dizia-se
que ele tinha futuro. Agora o futuro chegou e não foi o que se prometia. Chegou
truculento, com aumento de venda de armas e menos feijão na mesa, chegou
preocupado com os comportamentos sexuais das pessoas e mais um monte de
bobagens e o que se discute sobre a vida do brasileiro é apenas corte de
custeio. As amizades se desgastaram por isso, e muitos dos Ferrados do
Ferrorama ajudaram a eleger um governo Doritos local e um de Malucos na esfera
federal.
Mito; diziam, mas mito é uma mentira, algo que não é real.
O mito pode ter sua relevância e a literatura não me deixa mentir, mas daí a
querer fazer a realidade ser pautada por história da carochinha, vamos e
venhamos, há um abismo.
O mito, a mentira; saibamos ou não, deu o ar da graça para
nós ferrados, e destrói o futuro com um passe de mágica. A novidade,
ilusionista, vazou no Estacionamento das Escalas onde mês a mês a ChuPeTreM vai
nos “Xatiano”. Segundo os asseclas, o informe é que a alta cúpula do Ferrorama
conta com a reforma da previdência para demitir sem pagar os 40% de multa rescisória
ao demitir os Escravos que já são aposentados, pois, de acordo com a proposta do Coiso, os contratados pela consolidação das Leis do Trabalho quando são também aposentados não terão mais direito a multa recisória sobre o FGTS.
A lei? Não vale mais.
E tem diminuída sua importância gradativamente sob o império
do mito.
Segundo os ferrados, autores dessa delação castigada, a
coisa não para por aí, pois é através dessa manobra que o governo Doritos
planeja fechar a porta do Oeste da Sorocabano. Inclusive o pagamento de um
acordo antigo, firmado na gestão do primeiro governo tucano realizado por Mário
Covas, deve ser desrespeitado e os Ferradoários terão que questionar na justiça
do Trabalho – que não deverá existir mais – para tentar fazer valer o que
outrora era um direito.
Esse é o futuro, a perspectiva de mentira que fizeram meus
companheiros ferradoários, muitos dos quais o desgaste dos debates ora causa
apenas aversão, pois foi dessa falta de consciência que não haverá país nenhum,
e não demora.
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