Falo ao caro leitor nesse momento
para expressar, e deixar registrado, o estado de ignorância, desinformação e
preocupação em que estão os ferradoários, especialmente aqueles que, como eu,
trabalham no Ferrorama do Oeste Sorocabano. Foi-nos solicitado o uso desse
e-tabloide que, além de charges e crônicas denunciando os Chifres, pessoas
abjetas e geralmente sem importância pessoal e para os quais só foi agregado
valor quando, subindo um degrau da altura de uma folha de jornal, galgaram o
grau, outrora, de chifres, escorregadios e, no momento atual, fatídico é
verdade, são verdadeiros Descordenadores e Míopes ou Supercegos de
Estacionamento.
Falamos dos
Estacionamentos, muitos dos quais forma visitados por D. Schischi na semana
derradeira antes de suas férias, nosso merecido descanso de sua presença
asquerosa, quando com suas falácias, e cantilenas cujo objetivo é meramente
adormecer bovinos, visitou as chifrarias deste ferrorama fétido para recomendar
calma, e iludir incautos com a ideia de que a crise era a oportunidade para a
criatividade e o crescimento. Fato é, entretanto, que o pânico e as ameaças de
suicídio que têm sido comuns em nosso meio em caso de demissão em massa não se
tornaram exclusividade nas chifrarias e entre bilisketeiros, colegas da
a-Tração, local que deveria simbolizar o transporte sobre trilhos, o medo
instalado é grande.
Naquele departamento
há muxoxos de que a privatização, mascarada para a opinião pública como mera
concessão, como as que se fazem com as estradas por exemplo, seria rápida e
intempestiva. Que a concessionária contemplada com o serviço têm experiência no
modelo de transporte em questão e que iria substituir os profissionais que ora
atuam sem dificuldade e com baixo investimento em treinamento, suprindo
eventuais imprevistos de modo pontual.
Nossa ignorância não tira férias. |
Os
ferradoários, neologismo que criamos coletivamente para nos referir aos
Escravos que estão espalhados ao longo desse e de demais trechos estão
simplesmente abandonados. Ludibriados pelo Ferrorama que, sabidamente tem
interesse na manutenção da calmaria, pelo governo Doritos que concede um
serviço como se milhares de pessoas, entre empregados diretos e terceirizados
fossem seres inanimados como o asfalto e as placas das caras rodovias dos
Estado dos Bandeirantes; mas, e foi oportuna a lembrança de Morpheus , nosso
editor que apesar do nome não dorme, sobre traidores que ajudaram a abrir as
portas para a entrada desse cavalo de tróia ao longo de anos de imobilidade.
Por fim, e
isso é o mais relevante, temos que fazer a autocrítica e assumir nossa culpa;
sim, nossa máxima culpa. O pecado original é inteiramente da classe ferradoária
que, por anos esteve como o Brazil; deitada eternamente em berço esplêndido
esperando o futuro chegar. Pois bem, o famigerado chegou, mas trará consigo o
desterro de muitos, talvez todos, enquanto os vigaristas acham meios de lucrar
e tirar proveito da carcaça dos empregados que – e aí é inquestionável a ação
de D. Schischi que prospera mesmo sendo um grande bufão – são mesmo um rebanho
de corte.
Ignoramos o
que acontecerá, e nosso descompasso em relação à realidade, diferente do Chefe
Mijão da Líbia toda, não tira férias; nosso desconhecimento parece que faz
serão.
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