De um lado o
Ferrorama, Primo Pobre do transporte sobre trilhos, tem o pior sindicalismo do
País, inclusive considerado faz-me-rir entre Metroviários da Cidade de São Paulo,
exceto por um grupelho sem vergonha custeado em parte pelo Bode para ajudar a
desbaratar a organização sindical dos trabalhadores do Trem de Metro que se
propunha a trazer União à categoria Metroviária.
A diferença
começa pelo fato de ter, entre metroviários, uma entidade única; enquanto no
Ferrorama há feudos históricos e medievais cujo compromisso é a mera manutenção
de status a vigaristas com ares de diretoria e vantagens pessoais que a
categoria não vislumbra conhecer. E lá, diferente de cá, apesar das disputas
políticas, a classe operária vai ao Paraíso. Ou à Consolação, mas vai unida.
O governo de
Doritos que assinou gentilmente o ACT dos Ferrados, supõe-se que para diminuir
crises diante da iminente entrega dos trilhos aos interesses privados, não
entra em acordo com os Primos Ricos, organizados, cujos salários são maiores em
função da maior organização e disposição de luta – que inexiste entre os
Ferrados da ChuPeTreM. Lá não se ofereceu dividendo algum acima da inflação,
aliás se recusam a propor um valor para o pagamento mínimo de PLR e, se não
bastassem, esperam diminuir o papel da empresa na co-participação dos custos do
plano de saúde.
A opressão do
Governo Doritos, entretanto, não para por aí. Em campanha articulada pela
categoria foi decidido que seria usado um colete vermelho em protesto à
proposta de Reforma da Previdência. Por ordem do desgoverno estadual
todos os trabalhadores que foram indicados pelas chifrarias daquela empresa
foram punidos por participar da Campanha.
Em vista disso
a categoria, além das pautas econômicas, reivindica o cancelamento das
punições, a equiparação de salários entre funcionários que executam as mesmas
funções, o Plano de Carreira e treinamento para os Operadores de Transporte Metroviário,
antigos Agentes de Estacionamentos.
Doritos, que
projeta ascensão nacional em 2022, apoia as medidas impopulares e cruéis do
Governo do Coiso, e aproveita para intensificar as ações contra os servidores
públicos do estado bandeirante e atender anseios de setores da sociedade que, motivados
por sentimentos de inveja consideram indevidas as vantagens “conquistadas” pela
categoria combativa do metro e, ideologicamente estão domesticados pelas
propagandas governamentais e pela imprensa corporativista e elitista do país,
além das fake News que caracterizam a política brasileira desde o período
eleitoral de 2018.
A situação é
grave, e por isso pode haver Greve dos metroviários à partir da meia noite
desse 30 de abril se as reivindicações não forem atendidas. Setores da
categoria, entretanto, nos dão como certo o cancelamento da Greve se, agora à
tarde, às 15 horas; em audiência de
conciliação no TRT, o governo Doritos sinalizar com a renovação do acordo
coletivo do ano passado.
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