Jagunços, desde 1500. |
Amigo leitor
eu não sei responder se algum historiador sério, em alguma universidade do
país, já se debruçou sobre o tema das polícias no país. Essa questão incomoda mais
ainda depois que o Estado paga para os servidores públicos da segurança
pública, necessitados contumazes de bicos, para trabalharem sua horas de folga
em aparelhos públicos, notadamente nos estacionamentos do Ferrorama.
Não bastassem os
guardinhas que trabalham na ChuPeTreM, servidores estaduais com presunção de
polícia federal que, se não fosse ridículo, posto que o Estado e não a União
paga seus salários, são patéticos porque num só gesto evidenciam seu pouco ou nenhum
valor. Outrora os chamávamos, nesse e-tablóide, de ASnOs; e isso os incomodava.
Houve até queixas trazidas ao blog por serem tratados como quadrúpede; pois bem,
o departamento de Recursos (des)Humanos trocou sua nomenclatura e agora eles
são os ASs... Logo, os chamaremos de Cus, posto que ASS, em inglês, é Cu.
E, se não
bastassem os cus do ferrorama, com ares de polícia, agora temos os guardinhas
da bagurança pública. Alguém sabe aonde nasceu a polícia no Brasil?
Não falamos da
Força Pública, nome usado anteriormente à Ditadura Militar no Brasil, nem aos
grupos militares golpistas que caracterizam a república desde sua (a)fundação.
Tampouco os dragões da independência, pois poderiam imaginar que o Exército de
D. Pedro I fosse a tal polícia original. Polícia, no Brasil, é jagunço, pois
esse poder de coagir a população remonta o Rei D. Manuel, também chamado “O
Venturoso”.
Ao invadir o
Brasil a administração portuguesa dividiu o território em glebas, chamadas na
história de capitanias hereditárias, ou seja, que passariam como herança aos descendentes.
Naquela época foi permitido aos senhores daqueles feudos que formassem grupos,
armados e com liberdade até para matar, com o viés de proteger sua riqueza e
suas posses. Tudo feito em nome do Rei.
Alguma coisa
mudou?
Não nego,
amigo leitor, que haja gente trabalhadora e honesta entre as chamadas forças de
segurança, mas a verdade é que a conserva cultural desse setor termina por
contaminar a todos, e mesmo que compreenda o papel tenebroso que exerce contra
a população, precisa criar uma cara de pau e cinicamente naturalizar a barbárie
e as violências que cometem contra as pessoas. Polícia, como outrora eram os jagunços
e capitães do mato, foram criados para proteger a elite econômica, a propriedade
privada, e não a vida ou a segurança das pessoas.
Os jagunços,
que ora infestam os estacionamentos da Ferrorama o comprovam. Assim como sempre
fizeram os Cuzões dos Quartéis da ChuPeTreM, os PMs se apoderam das chifrarias,
cozinhas e dos estacionamentos usados pelos funcionários para deixar seus
automóveis. Até quando não estão protegendo os trilhos, e isso está começando a
incomodar os Escravos dessa empresa vital.
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