Amigos leitores
o capitalismo fracassa. Sim, uma sociedade que divulga ter mais de vinte e
cinco mil pessoas morando nas ruas, bilhões de pessoas morando em morros, sabe-se
agora que com pouca ou nenhuma água encanada, sem sabão para lavar as mãos ou
tomar banho e na hora de comprar álcool gel para matar os vírus que circulam e
caracterizam a pandemia escolhem manter a sujidade das mãos, cujo risco
atualmente é de morte, para ter algo para comer.
Se morrer
chega ao purgatório com a barriga cheia.
Esse
capitalismo, que embora já nem exista ameaça comunista no planeta exorta, e
convence com seus milhões, os pobres de direita, assalariados remediados mas
que defendem a grilagem de terra, a matança dos índios para tomar o que lhes
resta de terra; gente que não está nem aí para a contaminação dos rios e dos
oceanos, a inevitável contaminação da atmosfera que a sociedade industrial
promove. Essa gente nem se lembra, ou se importa, com acidentes os havidos
recentemente em Mariana e Brumadinho no estado de Minas Gerais. Se falar de Chernobyl
há aqueles que dirão que se trata de algum time de futebol lá “do estrangeiro”.
Duvido que
saibam o que ocorreu em Bhopal, na Índia, quando um acidente em uma empresa química
matou, numa só noite, treze mil pessoas, fora os animais.
Esse
capitalismo que convenceu os idiotas que o melhor para a humanidade é o
mercado, que são velharias ultrapassadas as fronteiras e os estados nacionais,
diante de uma doença, um vírus, microscópico, mas que se replica de modo mais
célere e eficiente que qualquer empresa consegue produzir em suas linhas de
montagem, está indecentemente nu. Enquanto as pessoas morrem os canalhas bradam
nas mídias sociais, esses canais fuleiros que elevaram subcelebridades grotescas
ao status de pessoas públicas, antes continuassem anônimos, Zés Ninguém que
são, gritando que é preciso salvar a economia, e que os empregos são
importantes, que faltará comida, bla-bla-bla.
A economia já
quebrou há mais de um século, ela exclui pessoas, deixa que morram à míngua. O
grande problema é que a pandemia não faz distinção e a doença é altamente
contagiosa, se morresse só pobres eles não ligariam.
A passagem subirá mais que o Dólar. |
Mas sabem quem
pagará a conta? Os miseráveis do mundo, os que sobrarem, pois o trabalho será
mais aviltado em direitos, e os ganhos, se é que podemos chamar assim, serão só
para manter a vida no corpo e poder trabalhar. Para restaurar os bilhões
perdidos das grandes fortunas. E esse capitalismo, o deus mercado, que fala que
precisamos de um Estado Mínimo, eufemismo para Estado Nenhum, cobrará seus
prejuízos do erário. E o primeiro sinal será o aumento das passagens para
ressarcir o prejuízo das concessionárias de transporte sobre trilho na capital
paulista. Os Ferroramas públicos, ChuPeTreM e Trem de Metro não, pois já são mantidas
pelo Estado, as outras empresas, ônibus e o submarino amarelo que sai da
iluminada e vai até o buracão de pinheiros, pedirão subsídio. Duvida?
Aguarde!
O Capitalismo
é a lei da livre concorrência, mas o risco do negócio ele negociaram em
contratos para repassar ao Estado. E os burros de direita, assalariados que
passam a vida sonhando com a aposentadoria, estão aí para aceitar isso.
Além do
subsídio a passagem ficará mais cara que o dólar.
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