sexta-feira, 1 de abril de 2016

A ferro e fogo

A cada dia que passa a condição de trabalho se deteriora sem nem nos darmos conta disso. Primeiro com a aplicação literal da CLT; embora apenas o trabalhador tenha que cumprir sua parte, pois a empresa sempre foge à responsabilidade.
Tomemos por exemplo o caso das marcações de ponto, o empregado é obrigado a marcar a entrada e a saída para intervalo em exatos sessenta minutos. Até aí tudo bem, é direito da empresa se resguardar. O problema é que, por lei, em vigor há anos, a empresa deve fornecer um comprovante de marcação ao empregado, coisa que até as lojas de roupas dos coreanos fazem no bairro do Brás. É estes detalhes que ninguém se dá conta que me assustam, porque mostram que o ferroviário pensa com a barriga, ou seja, só se preocupa com a esmola de PPR e reajuste implorado, e não vi até agora nenhum cínico sindicalista falar nada sobre essa questão.
Cadê meu ticket?
Outra coisa que me espanta é que a empresa muda tudo de uma hora para a outra e nunca esclarece nada ao empregado, agora, por exemplo, quando você sai de férias, na volta não tem pagamento, normal. Mas você terá ainda metade dos seus proventos descontados no mês subsequente, ou seja, ficará dois meses a ver navios; aliás, trenzinhos com os bolsos vazios. Férias agora deixarão de ser prêmio para se tornar castigo.
Brevemente serão anunciadas mudanças no ranking de trabalho noturno para os estacionamentos, aqueles de pequeno e médio porte da Líbia dez terão um dos lados fechados durante o período noturno. Serão fechadas sete vagas no turno e apenas o Escorregado trabalhará. Ou seja, um sai e o outro não pode sair da bilisketeria nem para ir ao banheiro, prejudica quem sai e piora a condição de trabalho para quem fica. Se o Escorregado passar mal o estacionamento ficará fechado. Ou será instituído o passe livre por precariedade do Estado.
O próximo alvo serão as horas extras, não mais pagarão adicional de 100% e nem adicional noturno de 50% por cento.
A pergunta que não quer calar é: Cadê os cínicos sindicalistas que não estão vendo isso e, se estão vendo, por que não esclarecem a categoria, já que esta é composta em sua maioria por analfabetos funcionais que não conseguem ler e, quando leem, não entendem?


Para a nova diretoria da ChuPeTreM a regra é simples, para diretores e engenheiros tudo, para o resto a lei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que os ferroviarios não sabem da força que tem, e não conhecem nada dos seus direitos, pôs se conhecessem aumenos um pouco, mandariam todos esses sinicuscatos que se dizem representativos, pastarem.