Quando digo veado não quero
ofender o cervídeo, nem fazer comentário pejorativo contra homossexual, afinal
o que cada um faz da sua vida privada não é da conta de Ninguém, desde que a
merda não interfira na vida pública. Posto isso, esclareço que o que quero
criticar, com o título deste texto, são os comportamentos dos ferradoários, em
especial os da Líbia 10 frente a esta palhaçada que alguns insistem em chamar
de negociação de acordo coletivo.
1.
Para começar, não tem negociação
nenhuma. A ChuPeTreM manda e os pelegos assinam, depois tentam justificar.
2.
Não tem nada de coletivo, a
coletividade é excluída e só se lembram dela nas tais "Assembléias
Itinerantes", há de se convir que a categoria não compareça nos
cercadinhos, porque quem comparecer, se não for pelego, não tem voz ativa e
pode sair de lá com um soco na cara.
Atualmente temos visto um grupo de pessoas tentando articular uma
quinta via, com discussões, reuniões, etc. São pessoas em sua maioria bem
intencionadas, indignados com o rumo que o ferrorama está tomando. O que
realmente me preocupa são as raposas infiltradas no movimento, hipócritas que
posam de bons líderes, mas só querem ficar trepados no pé de goiabeira.
Quanto ao veado do título, bom, o
ferradoário é tal e qual o dito cervídeo, pode até ver o predador chegando, mas
não sai de sua atitude contemplativa. Isso Ninguém diz...
Capim Guiné
Raul Seixas
Plantei um sítio
No sertão de Piritiba
Dois pés de guataiba
Caju, manga e cajá
Peguei na enxada
Como pega um catingueiro
Fiz acero, botei fogo
"Vá ver como é que tá"
Tem abacate, jenipapo
E bananeira
Milho verde, macaxeira
Como diz no Ceará
Cebola, coentro
Andu, feijão-de-corda
Vinte porco na engorda
Até o gado no currá
Com muita raça
Fiz tudo aqui sozinho
Nem um pé de passarinho
Veio a terra semeá
Agora veja
Cumpadi, a safadeza
Cumeçô a marvadeza
Todo bicho vem prá cá
Num planto capim-guiné
Pra boi abaná rabo
Eu tô virado no diabo
Eu tô retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de viado
Que viu caxinguelê
Suçuarana só fez perversidade
Pardal foi pra cidade
Piruá minha saqüé
Qüé! Qüé!
Dona raposa
Só vive na mardade
Me faça a caridade
Se vire e dê no pé
Sagüi trepado
No pé da goiabeira
Sariguê na macaxeira
Tem inté tamanduá...
Minhas galinha
Já num fica mais parada
E o galo de madrugada
Tem medo de cantá
Num planto capim-guiné
Pra boi abaná rabo
Eu tô virado no diabo
Eu tô retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de viado
Que viu caxinguelê
Num planto capim-guiné
Pra boi abaná rabo
Eu tô virado no diabo
Eu tô retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de viado
Que viu caxinguelê
Num planto capim-guiné
Pra boi abaná rabo
Eu tô virado no diabo
Eu tô é, tô é retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de viado, ôme?
Que viu caxinguelê
2 comentários:
Por onde anda o Escorregado de Trairanga que andava com uma pexeira na cintura e não arregava pra ninguém?
quinta via? muito bom isso. quando tem reuniao?
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