Não existe dinheiro público: é do povo! |
Margeth
Thatcher, ex-primeira ministra britânica de 1979 a 1990, bastião do
neoliberalismo desde os anos 70, tinha uma ideia que se antes tinha relevância,
nos tempos de crise biológica mundial, não existe dinheiro público. O dinheiro
administrado pelo poder público, em todas as esferas, é dinheiro de quem paga
impostos.
E, nesse
momento em que vivemos em meio a uma pandemia causada pelo vírus Corona, em que
governantes eleitos e líderes egoístas vêm a público em redes de rádio,
televisão e redes sociais defender que é fundamental mantermos a economia. Na
visão daquelas pessoas as mortes, embora inevitáveis, são um mal menor diante
da suposição de que mais mortes ocorreriam caso a indústria ou o agronegócio –
hoje largamente automatizados – pararem. É inevitável que haja crise econômica,
o importante é pensar que nós, os trabalhadores, não precisamos de patrão, nem
de magnatas e muito menos de especuladores profissionais que, sem a normalidade
das bolsas de valores, começaram a especular com nossas vidas para reaver seus
lucros.
A verdade,
embora haja idiotas até em nossa classe social que discordam, é que são os
ricos que dependem do pobre, e não contrário como nos levaram a crer. É a
classe operária que acorda de madrugada para abrir a estação e receber os
serviçais que vão preparar o café, que assam o pão e limpam os escritórios além
de abastecer as geladeiras dos presidentes, políticos, diretores e supostos gestores.
Chefe não tem importância, quem move o mundo são os trabalhadores; apenas
estamos tão adestrados pela cultura neoliberal e industrial que ainda não
percebemos isso.
E, como dizia
a Dama de Ferro, os dinheiros do mundo, são nossos, logo, nada mais lógico que,
como classe, nos organizemos para finalmente cobrar o silêncio dos que desde o
surgimento da iniciativa privada lucram com nosso esforço, e que a riqueza
acumulada em todas as nações, pelo insignificante populacional de milionários e
bilionários seja convertido em benefício da espécie humana e da garantia de
recursos básicos para nossa sobrevivência.
Se a economia
quebrar, que pena, os ricos perderão, pois nós, o rebanho de animais humanos na
terra ganhamos, quando conseguimos, o básico para vestir e comer, teremos o
mundo para reconstruir. De preferência com mais solidariedade e a instalação de
freios ao acúmulo de riquezas em pequenos grupos de pessoas em benefício da
coletividade. E as empresas que, se não pagam porque sonegam, têm
reiteradamente sido contempladas com renúncia fiscal porque sempre flertam com
os políticos eleitos e não quebram porque historicamente recebem socorro através
do uso do dinheiro, vejam só, das pessoas que não têm como sonegar impostos.
Quando a
economia quebrar os trabalhadores assumirão os campos, as cadeias produtivas e
poderemos criar uma nova organização social, produtiva e econômica, com
responsabilidade pela natureza e respeito à dignidade humana e dos animais.
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