Amigo leitor,
o Brazil, grafado com “Z”, quer matar o Brasil escrito com “S”. Acontece, caro
leitor, que existem pelo menos dois Brasis, um é esse que conhecemos, com gente
morando e morrendo na rua, que tem pessoas morando em palafitas e barracos, sem
água e sem esgoto, um país cujo povo trabalha para receber o bastante para
pagar o aluguel e comprar comida. Mas tem outro, esse é o que está assistindo Streaming,
comprando comida pronta por telefone, e preocupado com o preço do dólar e com
as ações cujo valor caem nas bolsas de valores que sofrem com as oscilações da
economia ao mesmo tempo em que centenas de pessoas morrem por hora no mundo em
virtude da pandemia.
A verdade é
que há, no povo brasileiro, um limite intelectual. Assim como crianças a maioria
de nós só consegue acreditar no que os olhos veem. Só acredita na existência de
mortos quando está diante dos cadáveres, mas o vírus, tão invisível quanto a
empatia do brasileiro, só podemos conhecer a partir de seus efeitos.
Nesse sábado,
quando o número de mortes oficialmente reconhecidas em decorrência pelo
Coronavírus passa de dez mil, os jornais e a internet discutem a infantilidade
do verme que foi eleito para o cargo mais importante do país, o de presidente,
que sem o menor respeito pela população desdenha das vítimas e cria todo tipo
de situação que poderemos qualificar como diversionista para tirar o foco de
sua incompetência e atrapalhar aqueles que, por divergir de suas ideias, tentam
salvar a vida dos pobres e miseráveis que são os verdadeiros responsáveis pela
riqueza produzida não nesse, mas em qualquer país.
O problema do
Bolsonaro é que ele não está sozinho, ele não é único, antes, representa um
homem vulgar, comum, do tipo que podemos facilmente encontrar em qualquer
quarteirão de qualquer cidade do país. Ele é machista, presunçoso, grosseiro e,
apesar da inequívoca ignorância na maioria dos temas que está envolvido, ao
invés de se aproveitar do direito de ser assessorado sai, como uma vaca no
pasto, evacuando verborragicamente por onde anda.
Como ele não
está só, aliás, tem milhões de imbecis que fazem eco para suas falas mesquinhas
e desqualificadas, a crise que ora enfrentamos se torna ainda pior e, eles, os
imbecis de plantão, colocam na mão de pessoas tão comuns e medíocres quanto a
decisão que deveria ser médica. Agora, até no Estado Bandeirante, cujo desGoverno do PSDBosta que é historicamente
ditatorial e arbitrário, mas que apesar disse adotou a iniciativa que o mundo
inteiro adotara antes, isto é, mandar a população ficar em casa tem, como
sempre, pesos e medidas diferentes para gerenciar a vida. Na TV a ordem é fique
em casa, na ChuPeTreM, a ideia é fazer o ferradoário, dotado como é de
informações para decidir, assumir a responsabilidade pelo próprio risco de
morte e assinar um termo pedindo, isso mesmo; pedindo para voltar a trabalhar.
Os trens do
Ferrorama estão diariamente, batendo lata, e o serviço dessa empresa vital está
na normalidade, mas os chifres, Bolsonaros locais, estúpidos, presunçosos,
autoritários; verdadeiros lunáticos com mania de grandeza, preferem pôr em
risco o que chamamos de Escraviários. E que as mortes comecem, porque gente, no
Brasil dos imbecis não vale nada, e Ferradoário parece que, pra esses chifres
que se destacam pelo que deveria ser vergonhoso, nem é gente.
O Brazil que compra comida pronta no Ifood e assiste Netflix, parece, quer que o Brasil que entrega de moto a comida, e assiste TV aberta, morra e seja enterrado para servir docilmente às Metrópoles e continue sendo colônia.
O Brazil que compra comida pronta no Ifood e assiste Netflix, parece, quer que o Brasil que entrega de moto a comida, e assiste TV aberta, morra e seja enterrado para servir docilmente às Metrópoles e continue sendo colônia.
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