A segurança
pública é uma das queixas mais frequentes nas pesquisas de opinião pública, ou
seja, é quase unânime a grita por mais segurança nos espaços públicos. E nos transportes,
sejam eles do modal que for, a segurança é imprescindível como um dos itens que
garantem confiabilidade ao transporte, especialmente se for público e, mais
ainda quando se trata de oferta pública desse serviço.
Não foi o que
vimos no Trem de Metro da capital bandeirante. Naquele pequeno ferrorama, posto
estar circunscrito à cidade apenas, tivemos um evento que podemos caracterizar
de barbárie. Um homem, supostamente, tentou burlar o sistema de bloqueios e
cobrança da tarifa usando indevidamente um bilhete de idoso; vejam bem; era só um
homem. Contra ele quatro seguranças, munidos com cassetete do tipo tonfa, se
impuseram de modo que podemos caracterizar como extremamente violento; afinal
um dos seguranças agrediu covardemente o Usuíno com uma cassetada na
cabeça e o sangue no chão testemunhou o abuso.
Gente, quatro
homens contra um já representam força mais que suficiente para conter um
invasor, posto que em tese ele não pagou a tarifa, e conduzir até a área livre.
Mas o que se viu foi um total desequilíbrio emocional de quem deveria garantir
a ordem em primeiro lugar, mas que, em nome de um valor irrisório, num ato
tresloucado, poderia ter mandado gravemente ferido para o hospital um homem que
cometeu um pequeno delito. Erro do guardinha, sim, contudo, e mais grave, erro
do Estado e de sua Empresa que perdem a noção de realidade e de valor tornando
legítimo um abuso de poder e um excesso desnecessário.
Se o guardinha
agiu com a finalidade de preservar a arrecadação de R$ 4,00 (Quatro Reais) ao
cofre público, como agente público, portanto, estatal, colocou em risco o
gasto, no SUS de um valor centenas de vezes maior se o homem tivesse
complicações em função da paulada na cabeça. Além disso, se orientado por um
advogado, desses mais vagabundos, já pode conseguir judicialmente uma
compensação financeira por dano moral e até físico milhares de vezes maior que
o valor da tarifa.
Quando a incompetência faz o povo sangrar. |
Segurança não
se exerce com desespero, nem se oferece com gente despreparada, se promove
segurança com inteligência, com eficiência, ou seja, bastante iniciativa e
voluntariedade, comprometimento, mas principalmente com eficácia; isto é,
dentro da proporcionalidade. E o que vimos, recentemente (28/09), no
Estacionamento que, contraditoriamente diz que a Rês é Pública, foi o total
descaso com o bem maior que é a vida ao colocar uma em risco, e com o
patrimônio difuso e coletivo ao gerar uma situação cujo prejuízo é infinitamente
maior que o valor protegido.
Vamos acordar
minha gente, e nem estou me atendo ao descontrole psicológico do agente público
que, de acordo com colegas, é em geral discreto e pacato, essa é outra seara e,
para sua superação é necessário investimento em educação organizacional.
A esse homem,
após a agressão, ainda se juntariam seu irmão e uma usuária que parou para ver
o que estava acontecendo, esses três envolvidos são imigrantes africanos;
saíram espancados. Não defendemos que burlem o sistema de transporte, ou que
viagem sem pagar, mas o excesso que vimos mobiliza mesmo a opinião pública.
Haja em vista os outros USUínos que tomaram partido em defesa das vítimas da
incompetência dos Guardinhas treinados (?) do Ferrorama de Metro. INACEITÁVEL!!!
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