Vamos começar
explicando o título que encima esse texto. Todo mundo sabe que as siglas de
partidos políticos representam palavras, e o uso de letras facilita a
memorização, é como uma lavagem cerebral que nos aflige e, no caso do Estado de
São Paulo, desde primeiro de janeiro de 1995, o estado é um feudo gerido pelo
PSDB, cuja sigla enseja o trocadilho adotado como título.
Completa um
quarto de século sem alternância de poder. Quem precisa de ditadura se a
população não sabe lidar com alternância de poder e legitima uma bem-sucedida “ditacracia”
como a que se vê no estado desbravado pelos bandeirantes. Apesar da miopia dos
paulistanos o resultado é o desmantelamento da escola pública, um sistema de
saúde disfuncional na região metropolitana, onde se de uma lado as prefeituras
assumem o maior encargo com o atendimento às populações dos município (o que
também é mal feito), o trabalho que deveria ser oferecido pelo estado, ou seja,
os hospitais de referência estão desprovidos de vagas para atender a demanda.
Prova disso é a superlotação do Hospital das Clínicas e a demora para conseguir
atendimento com especialista naquele aparelho.
Temos que encerrar esse governo que gerencia através de serviços precários e terror a vida da nossa população. |
Além de
educação e saúde outro nó para nossa população é segurança pública. O estado
tem 32% de toda a população carcerária do Brasil. Tudo bem, dirão que isso é
proporcional à maior concentração demográfica em São Paulo, mas se levarmos em
conta que foi nesse estado que se organizou e de onde tem se infiltrado o crime
organizado auto denominado PCC – Primeiro Comando da Capital, fica patente o
fracasso das polícias e da inteligência em segurança púbica estadual.
Se hora não se
verifica altos índices de mortalidade deve ser pelo efeito contrário das mortes
para a facção, pois a polícia paulistana ainda é alvo de críticas pela sua
letalidade e pelo uso político feito pelo governo para desmobilizar
manifestações democráticas, movimentos trabalhistas como as greves de
professores e ocupações de terrenos improdutivos pertencentes a famílias ricas
ligadas ao agronegócio ou seus derivados.
Diante de tais
calamidades o prejuízo é para o erário público e para o povo, que sofre com
péssimos serviços.
O projeto,
sempre neoliberal, ou seja, do estado mínimo e da transferência de dinheiro do
cofre do governo para a iniciativa privada é a solução apresentada por esse
governo, repita-se, há um quarto de século. Governar de modo a precarizar os
serviços é, como se dizia antigamente, criar uma dificuldade para te vender,
como idiota, uma facilidade e a solução para os problemas apresentados é sempre
a privatização.
Como a da
Sabesp, cujo desperdício de água tratada supera os 30% em vazamentos subterrâneos
que não são reparados para impedir que os acionistas Nova Yorkinos dessa
empresa, hoje de economia mista, percam rentabilidade. As campanhas mentirosas
são para que a Dona Maria comece a economizar ou, como todos que moramos na
periferia, é desligar a água durante a noite e ligar só de manhã.
Mas não
termina por aí, vamos falar de transportes, se os dois principais ferroramas
ainda são meio estatais não se pode dizer o mesmo da manutenção,
predominantemente privada, e não podemos nos esquecer dos caminhões de dinheiro
pagos à Concessionária do Metrô Privado que garante o lucro estabelecido em
contrato mesmo que não sejam entregues as estações que sempre atrasam as obras.
Ou seja, a população fica sem estação, mas a concessionária recebe como se
estivesse ativa e bem movimentada.
Em matéria
recente denunciaram o furto de 200 quilômetros de trilho no litoral Sul pela
concessionária beneficiada no final da década de 90 para operar a carga.
Sabemos que o
patrimônio está sendo roubado, sob nossos olhos que, ocupados demais em cuidar
da própria vida, terminam deixando de lado o cuidado da vida pública. Mas é
verdade que os eleitos não expressam a vontade da população, posto que o índice
de ausência nas eleições só aumenta e, se não é mais possível continuar a
aceitar a forma como a vida é conduzida talvez a alternativa seja uma guinada
mais à esquerda.
Deixar de lado
a ilusão que ainda representa o PT, Partido de Traidores que foram úteis à
corrupção e ao uso do interesse público como balcão de negócios com empreiteiras.
Está ruim com o partido do Prejuízo Social e não parece ficar melhor com o
Partido dos Traidores, precisamos de uma revolução social, e da escolha de
novos representantes, que além de não se perpetuarem por mais vinte e cinco
anos no poder não tenham interesses ligados à elite econômica e exploradora da
classe operária ou à especulação econômica e fundiária que são a marca do Brasil.
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