quarta-feira, 23 de março de 2016

Dormentes

Gesto da ChuPeTreM.
A ChuPeTreM está oferecendo zero de aumento aos ferradoários. Um dia após a aprovação do PPR pelos cínicos que representam os trabalhadores nas Zonas do Brasil e da Surubacana, em assembleias marcadas pela manipulação e pela insatisfação de boa parte dos ferradoários, a ChuPeTreM joga mais uma pá de cal sobre os escravos do ferrorama.
Vamos por partes, a cal para enterrar os ferrados começou a ser preparado em Dezembro, quando ela informou que baixaria o pagamento de resultados porque os índices não foram atingidos. O problema é que esses índices deveriam ser negociados, enquanto ela fez tudo em surdina, como o ladrão que age pelas costas, e ferrou com os trabalhadores. As secretarias que mantem entre os funcionários, os sindicatos, foram tirados de sua preguiça histórica para ajudar a afundar as expectativas dos trabalhadores. Primeiro foi o corretor do Sindicato de São Paulo, o Bode, presidente desligado dos ferradoários que vive muito bem com os alugueis do prédio próximo ao estacionamento iluminado.
Depois os cínicos das Zonas do Brasil e da Surubacana, em assembleias que materializavam a putaria com os escravos, forçaram os peões a autorizar por voto a assinatura do Pagamento dos Resultados. Vale ressaltar duas coisas, os funcionários estavam magoados e temiam que só os escravos das Líbias 7 e 10 ganhassem a bicicleta, então julgaram melhor assinar. Quanto aos Cínicos, pesudo representantes dos trabalhadores, comenta-se entre os funcionários que sabiam que viriam com uma proposta nula de aumento e forçaram de modo orquestrado para que o pagamento, inferior ao acordo feito no TRT sobre o PPR, fosse aceito pelo conjunto de Escravos.
O zero de aumento vem coroar, como um insulto extra aos funcionários, a falta de vergonha na cara dos representantes do estado e a falta de respeito com aqueles que levam esse trem nas costas. Estão, e julgamos que conscientemente, nos mandando tomar naquele lugar, e nos tratando, porque assim permitimos, como dormentes, similares àqueles que sustentam os trilhos.

A saída é a mobilização, mas não como pregam os canalhas sindicais, para judicalizar a questão e por nas mãos desse judiciário corrupto e comprometido com os interesses políticos do governo tucano. É preciso ir para a luta, para o confronto com o estado e, se preciso contra os três sindicatos, pois é urgente a unificação das lutas por uma entidade única, que atenda aos interesses coletivos do ferradoário, e represente a todos. Senão, continuaremos eternamente de quatro, e a ChuPeTreM pondo, sem dó, e mandando engolir o choro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já tô até vendo a merda que vai dar a negociação neste ano. Se em anos de prosperidade e vacas gordas já foi difícil negociar, o que dirá agora...